O que é considerado cardiopatia grave para fins de isenção do imposto de renda?

O que é considerado cardiopatia grave para fins de isenção do imposto de renda?

Antes de procurar um advogado tributarista qualificado, é importante entender o que significa a isenção tributária em questão. Essa isenção concede dispensa legal do pagamento e retenção do imposto de renda para pessoas físicas que se enquadram nos critérios específicos: estar aposentado, reformado ou ser pensionista, além de ser portador de uma das doenças graves previstas em lei. Veja a lista do doenças aqui.

É fundamental ressaltar que mesmo com a isenção, o contribuinte ainda deve cumprir com a obrigação de entregar a Declaração Anual do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

O propósito desse benefício é amenizar os encargos financeiros que os portadores de doenças graves enfrentam para manter sua saúde, como despesas com acompanhamento médico e medicamentos. Dessa forma, as pessoas beneficiadas podem direcionar o valor que seria destinado ao pagamento do imposto de renda para cobrir essas despesas médicas.

Entretanto, é importante notar que a isenção se aplica somente a algumas doenças. Por exemplo, no caso de cardiopatias, somente os casos considerados graves têm direito à isenção. A apresentação de laudo médico comprovando, por exemplo: uso de marca-passo, a presença de arritmias cardíacas ou a necessidade de stent são indicativos da gravidade da condição.

A cardiopatia é uma condição que afeta o coração. Ela é classificada como grave quando, de maneira crônica, reduz progressivamente a capacidade física e funcional do coração, ultrapassando os limites de eficácia dos mecanismos de compensação, mesmo com tratamento clínico e/ou cirúrgico adequado, como o uso de marca-passo ou stent. Entre as diferentes formas de cardiopatia, as mais reconhecidas são:

 

  • Cardiopatia congênita – trata-se de anomalias na estrutura ou função do coração que surgem durante a gestação, na formação do embrião, resultando em defeitos cardíacos. Em casos mais severos, o diagnóstico pode ocorrer logo após o nascimento; já em casos menos graves, pode ser identificado na idade adulta. Existem diversas formas de cardiopatias congênitas, tais como a Tetralogia de Fallot, Anomalia de Ebstein, Atresia pulmonar, Comunicação interatrial (CIA), Comunicação interventricular (CIV), Persistência do canal arterial (PCA), e Defeito no septo atrioventricular (DSVA).

 

  • Doenças no miocárdio – referem-se a falhas no músculo cardíaco que podem prejudicar sua capacidade de bombear o sangue de forma adequada.

 

  • Infecções cardíacas – ocorrem quando bactérias, vírus, fungos ou parasitas afetam o músculo cardíaco. Uma das infecções mais perigosas é a Endocardite infecciosa, desencadeada quando uma bactéria entra na corrente sanguínea e se fixa em válvulas cardíacas previamente lesionadas.

 

  • Cardiopatia valvular – o coração possui quatro válvulas – aórtica bicúspide, mitral, pulmonar e tricúspide – que se abrem e se fecham para regular o fluxo sanguíneo. Diversos fatores podem danificar essas válvulas, resultando em doenças valvares. A Cardiopatia de válvulas pode surgir de uma variedade de causas que levam à degeneração ou funcionamento inadequado do coração.

 

  • Cardiopatia hipertensiva – popularmente como “pressão alta”, resulta da pressão arterial cronicamente elevada, o que pode sobrecarregar tanto o coração quanto os vasos sanguíneos, contribuindo para o desenvolvimento da doença. A hipertensão arterial sistêmica provoca alterações na estrutura e função do coração.

 

  • Cardiopatia isquêmica – é uma doença que afeta as artérias coronárias, que são responsáveis por levar sangue ao coração. Essas artérias podem ficar entupidas por placas de gordura ou colesterol, dificultando a passagem do sangue. Isso pode causar dor no peito (angina), infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca, dependendo da gravidade da obstrução. A cardiopatia isquêmica é considerada grave quando o coração não consegue funcionar adequadamente por falta de sangue.

 

  • Cor-pulmonale crônico – A doença conhecida como cor-pulmonale crônico é caracterizada pelo aumento e espessamento do ventrículo direito do coração, o que acarreta em insuficiência cardíaca.

 

  • Doenças da aorta – As doenças da aorta são caracterizadas por uma dilatação que provoca o aumento do calibre desse vaso sanguíneo. Esse conjunto de patologias apresenta altas taxas de mortalidade, tornando-se extremamente relevante no contexto das cardiopatias graves.

 

  • Pericardiopatias – As pericardiopatias são uma condição rara de inflamação do pericárdio, que é caracterizado pelo espessamento, fibrose e, às vezes, calcificação desse tecido. Essas alterações podem ser consideradas graves, especialmente quando há restrição significativa no enchimento dos ventrículos cardíacos.

 

O motivo do indeferimento de isenção do imposto de renda por cardiopatia grave

 

Como eu havia dito anteriormente, nem toda cardiopatia pode dar o direito à isenção do IR. Mas por que isso ocorre? – Primeiramente, a cardiopatia é um grupo de doenças que atingem a estrutura e funcionamento do coração. Portanto, existem diversas cardiopatias classificadas neste grupo que podem ser consideradas graves, ou não.

Para que a doença seja considerada grave para fins da isenção e restituição do imposto, é necessário que você passe por exames médicos e obtenha laudos médicos que atestem a sua gravidade.

 

Quais as cardiopatias que têm o maior número de indeferimento da isenção?

 

São as do tipo isquêmica e hipertensiva, contudo, como você pôde observar, o principal diagnóstico da cardiopatia isquêmica é o “estreitamento das artérias do coração” + “em razão do acúmulo de gordura” + “diminuição de oferta do sangue no corpo”.

Assim como a cardiopatia hipertensiva também possuem dois elementos para ser considerada como grave, do qual seria não somente a presença do quadro de hipertensão, mas também a coexistência de outras lesões em órgãos-alvos: rins, cérebro, retina, coração e artérias periféricas.

Para dar continuidade ao processo e reduzir os riscos de indeferimento na via administrativa ou judicial, é fundamental ter em mãos o máximo de exames médicos, atestados e laudos que comprovem o diagnóstico e classificação da doença (CID-10) com o maior detalhamento possível.

Caso já possua toda a documentação necessária para solicitar a isenção do Imposto de Renda sobre seus proventos de aposentadoria ou pensão e tenha certeza do seu quadro grave de cardiopatia, é recomendável consultar um advogado tributarista especializado em isenções tributárias para ingressar com um pedido administrativo ou judicial visando a isenção do IR por cardiopatia.

 

Como solicitar a isenção do imposto de renda por cardiopatia grave?

 

Mesmo que tenham direito à isenção do Imposto de Renda, a obtenção desse benefício não é automática para aposentados, pensionistas, beneficiários da previdência privada e militares reformados ou na reserva remunerada diagnosticados com doenças graves, é necessário que o beneficiário faça a solicitação expressa da isenção.

Para os aposentados ou pensionistas que sofrem de alguma cardiopatia grave, existem duas opções: eles podem solicitar o benefício administrativamente, diretamente ao órgão previdenciário competente, ou optar por buscar a isenção por via judicial.

Embora possa parecer simples, o processo de solicitação de isenção do Imposto de Renda é complexo. Por isso, é importante contar com o auxílio de um advogado tributarista especializado em isenção de imposto de renda para orientar e facilitar todo o procedimento.

Caso precise de ajuda para conseguir a isenção do imposto de renda por cardiopatia grave entre em contato conosco pelo nosso whatsapp.

Conheça nossos serviços sobre isenção de imposto de renda por doença grave.

Advogado isenção de imposto de renda por cardiopatia grave.

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